Wednesday, February 01, 2012

Sem contos de fadas.

Cada um com seus pequenos problemas. Ela não consegue ver o mundo pelo olhos do artista. Ele não quer deixar de lado as diferenças para apartar a briga. Eu não sei reagir ao "não me sinto querida". Ardo, então, numa combustão emocional que só o que rola pelo meu rosto apaga. Lágrimas essas que diluem o que me consome e me inundam num azul depressivo, turvo e realista.

Tuesday, January 11, 2011

The end

I wanted it so badly
That my hands shook
And my heart cried
Just for the sake of finishing it.

I wanted it so badly
That my eyes looked up
And my spirit was uncuffed
Just for the sake of being free.

I wanted it so badly
That my body sank
And my soul darkened
Just for the sake of doing so.

I wanted it so badly
That my feet missed the ground
And my mind lost consciousness
Just for the sake of feeling this new upcoming world

in my hands.


(17/04/2010)

Friday, January 07, 2011

(Pranto I)

Lágrimas? Que lágrimas?
Pare de fantasiar. Lágrimas de bocejo. Isso que são.
É madrugada já, vai dormir, criança.
É madrugada. Por isso as lágrimas.
De bocejo.


(Pranto II)

Água. Nuca. O barulho.
Perfeito.
Deprimente.
O Barulho, de novo.
Metáforas para lágrimas.
As minhas?
É, as minhas.
Água, leve minhas lágrimas embora. Confunda-os. Ninguém notará a diferença.
Água, é apenas água.


27 de Maio de 2005.

Monday, October 04, 2010

gastos clichês

Acordei com vontade de reclamar de sorrisos. Não que eu acorde sempre com vontades complexas ou firmes. Ontem acordei com vontade de sentir cheiro de flores, mas hoje acordei com vontade de reclamar de sorrisos dados. Mas, antes, por partes: admito que sorrisos sejam inebriantes. O sorriso sapeca de uma criança, o experiente de um senhor, o sedutor de uma mulher, o bobo/apaixonado de um casal, o verdadeiro de quem o conseguir.

Observo sorrisos de longe e tento compará-los ao meu de cada dia, de cada tempo, de cada pessoa e momento. O rosto se alarga, os dentes aparecem, covinhas se destacam, rugas denunciam anos de felicidade. Sorrisos comovem nações e quase funcionam como escambo pois se sorri um sorriso generoso por favores. Sorrisos separam casais. Sorrisos são sorridos quando se quer, mas são mais esperados quando se não quer.

Aquela mulher que aparece com o sorriso à flor da pele, largo e tímido quando lhe convem, é a mesma mulher que sofre por sorrir demais.

Carne e osso. É disso que eu sou feita. Bebendo do maior clichê do mundo, revelo que não sou feita de sorrisos e suspiros.

No entanto, as pessoas não me dão a chance nem de sorrir menos. É só selar meus lábios que a pergunta vem certeira aos meus ouvidos: "Você está bem? O que aconteceu?" O motivo, justo e egocêntrico de todo esse escrever, é que canso de ser porto seguro alheio, pois quando preciso confiar no meu próprio porto seguro, ele já se encontra gasto e ruido. O que me resta? Confiar no outro? Nunca pude.

A espera pelo meu sorriso é relaxada. As próprias pessoas não entendem que um sorriso de confirmação ou dúvida pode ser tendencioso. Deixa-se de confiar em si mesmo pois é mais fácil esperar que a confiança venha de terceiros.

Queria viver livre de sorrisos prontos e feitos. Queria ser a libertina de todos os tempos.
Mas é mais fácil me manter como porto seguro eterno que mudar a concepção de amizade, que seria bem mais interessante caso aprendêssemos a caminhar com as próprias pernas e, consequentemente, não dependêssemos tanto do sorriso alheio para ser feliz.



"A smile is the light in your window that tells others that there is a caring, sharing person inside." Denis Waitley

My ass.

Saturday, September 11, 2010

peixe.

Gosto de criar tempos mais claros num piscar de olhos.
A idealização de um momento me conforta de tal maneira que fica difícil distinguí-la da realidade, uma vez que o imaginável e querido é mais confortável.
Preciso, porém, pisar mais no chão pois viver num castelo nas nuvens é muito destrutivo.



"Castles in the air are all right until we try to move into them"

Thursday, August 19, 2010

Tulipânica

Quero tulipas no meu rosto.
Quero dias mais puros.
Quero ventos que só eu possa sentir.
Quero dedilhar emoções de flores.

Pólen.
O cheiro me acordando.
Tulipas.
Sua formas me roubando a atenção.

Quero o gosto das flores.
Quero tulipas no meu rosto.
Quero tulipas no meu corpo.
Quero tulipas, só tulipas.
Nada mais.


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Acabei de fazer uma mudança aqui e outra acolá nesse poema de Dezembro de 2005.

Tuesday, August 17, 2010

bitter.

Homens nos fazem ir do céu ao inferno em duas palavras. Esperanças são rasgadas, olhos são marejados e suspiros são destroçados.
Mais outras duas palavras e esperanças são remendads, olhos sorriem ao secarem e suspiros renascem.
É sempre assim. Sempre foi. Sempre será. Esse jogo estúpido me deixa exausta. Não fui feita para a divisão.